segunda-feira, 24 de junho de 2013

Hoos inspira com os pequenos detalhes da natureza

Produtora de peças decorativas, desenhos recortados à laser na chapa de aço, pintadas e montadas em base de madeira, a marca Hoos, existente no mercado há quatro anos, se destaca pelas charmosas esculturas.

Idealizada pela arquiteta Eleonora Hoshino, 36, Hoos traz um estilo voltado para os pequenos detalhes. “Trabalhei como arquiteta nos primeiros anos após a formação. Posteriormente fui para o design de jóias e sempre gostei de trabalhar com recortes em chapa, daí surgiu a vontade de criar peças maiores para dar mais vazão à criatividade e poder executar meus desenhos em escala maior. Depois de muitas pesquisas sobre corte em chapa de aço, cheguei ao resultado final utilizando o corte à laser, que permite a execução de peças altamente detalhadas e precisas”, explica Eleonora.

Na hora da criação, a artista tem a natureza como sua fonte de inspiração. “ Utilizo muito as árvores e animais, principalmente passarinhos,  em minhas criações”, diz e ainda destaca: “Além de ser um produto novo, não muito explorado pelo mercado, o grande diferencial das minhas peças está na criação dos desenhos. Busco na natureza toda a fonte de inspiração. Outro diferencial é o acabamento das peças, procuro trabalhar com os melhores profissionais para ter o melhor resultado”.

Com um ateliê na cidade de Botucatu, interior de São Paulo, os produtos são totalmente desenvolvidos pela artista. “Utilizo a chapa de aço-carbono ou aço-inox, recortada à laser e as peças são montadas em base de madeira. As peças recebem pintura epóxi preta ou podem ser enferrujadas com aplicação de verniz transparente. A escolha pelo corte à laser em chapa de metal permite a execução de um trabalho perfeito, seguindo à risca o desenho feito à mão livre, permite detalhamentos incríveis. Escolhi a madeira para fazer a base por compor muito bem com a chapa, formando um conjunto harmônico de proporções agradáveis”, diz.


Ao oferecer peças que levam um pequeno retrato da natureza, Eleonora acredita que as pessoas estão investindo cada vez mais na decoração do lar e escritório. “A necessidade de criar ambientes agradáveis para o próprio bem estar está cada vez mais valorizada. O momento econômico do país também contribui para que as pessoas invistam mais em decoração”, ressalta e finaliza: “Desenvolver este trabalho significa para mim liberdade de expressão  da minha criatividade, onde posso transformar minhas idéias em peças maravilhosas e levar para as pessoas um pouco do meu  universo."



terça-feira, 18 de junho de 2013

Peças feitas à mão são destaque de Moema Prado

Um olhar refinado e delicado para acessórios femininos que compõem o dia a dia  da mulher moderna. Esse cuidado especial é encontrado nas peças da Moema Prado, marca que leva o mesmo nome da idealizadora. “Tenho a marca Moema Prado Acessórios há 11 anos. Sempre gostei de trabalhos feitos à mão. Comecei a fazer bijuterias aos 15 anos de idade, depois trabalhei por 4 anos com a multi-artista Beth Lima. Para ser sincera nunca parei de criar e produzir desde essa idade. Quis ser bailarina, mas mesmo nesse período,  fazia e comercializava meus adornos”, revela Moema.

Entre os destaques no processo de criação da artista está a utilização do vidro. “O vidro foi um grande divisor de águas no meu trabalho por conta de sua grande variedade de cores e possibilidades de formas. As técnicas para transformá-lo, no entanto, são trabalhosas e requerem bastante energia em forma de calor. Hoje uso também muitos outros materiais, porém os compro prontos, não os transformo”, diz.

Para realizar o trabalho com o vidro Moema utiliza duas técnicas: fusão e maçarico. “Na primeira o vidro derrete no forno e toma a forma de um molde. Na segunda, o vidro é moldado à mão, no fogo. Faço experiências ainda, mas como já conheço bastante o comportamento do vidro para peças pequenas, penso sempre na peça já pronta, onde vai ficar o furo ou como vou prendê-la ao colar ou pingente”, explica.

Com um conceito voltado para a valorização do desenho simples, qualidade e o cuidado por serem peças feitas à mão, a artista produz colares, brincos, pulseiras e acessórios de cabelo. “Sem dúvida vendo muito mais colares. Os longos com contas de vidro, coloridos ou uma combinação de duas cores são os campeões”, destaca.

Os trabalhos também possuem uma proposta atemporal. “É claro que levo em consideração cores da moda e tendências, mas o resultado final tem que ser algo para ser usado por muitas vezes, quem sabe anos, sem parecer ultrapassado. Quero ver minhas clientes elegantes”, afirma.

Pensando no público que gosta de sentir-se confortável, vestir-se bem e que valoriza o trabalho manual, Moema deixa um recado: “Minha dica é montar o look respeitando o seu estilo, se olhar no espelho e dizer: Curti! Estou bonita assim”, finaliza. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Nada se perde tudo se transforma

Metamorfose. Esse é o lema da Artempapel, que atua desde 1996 com mobiles - dobraduras convencionais, customizadas e adaptadas como  a dobra do guarda chuva que se transforma na saia da bailarina.

Idealizada por André Simmank, artista plástico e Meire Akamine, arquiteta, a marca trabalha com o reaproveitamento e o reuso como escopo. "Digamos que a sustentabilidade sempre fez parte dessa trajetória", diz André.

Antes da Artempapel, o casal trabalhou com arquitetura conceituando espaços comerciais. "No final da obra notávamos que sempre tinha muita sobra de materiais nobres: metais e madeiras que geralmente eram descartados na caçamba de entulhos - ficávamos indignados com aquela cena -  e foi de onde surgiu a ideia de transformar, reaproveitando para um detalhe na vitrine. A partir dai trocamos os projetos arquitetônicos por um ateliê em Pinheiros para colocar em prática as nossas ideias e ideais. Adotamos o origami (dobradura) para complementar e harmonizar com outros materiais usando-os na forma original ou fazendo uma releitura, como o lírio que serviu de base para o anjo e a dobradura do guarda chuva para a saia da bailarina", explica.

Muita inspiração e afinidade com o material faz parte do trabalho da empresa. "Comercialmente produzimos mais peças com origami (dobraduras): mobiles de tsurus, arranjos com dobraduras de lírio na base de madeira e cachepos de dobraduras de tulipas (instalações de parede). Os mais vendidos são o lírio na base de madeira e mobiles diversos", diz.
Com um contraste entre o rústico e o nobre, os artistas escolheram o desafio do contra fluxo da industrialização e massificação como modo de atuação diante do mercado ao utilizar papéis diversos (desde kraft até os sofisticados metalizados ou vegetal colorido), reaproveitamento de materiais: base de madeira proveniente de desmanches ou caçambas, reuso de sucata de papel como caixa de ovo, etc.

Utilizando um galpão para armazenar e explorar os materiais, quando não se trata de encomenda, a dupla sai no garimpo. "Tentamos poética e esteticamente, harmonizar todos os "lixos"garimpados", revela.

A grandiosidade do trabalho realizado pela empresa já teve momentos muito especiais. "Fomos convidados para expor em um castelo na Alemanha. Foram duas exposições individuais. Foi muito gratificante", afirma.
Dentro de uma realidade em que as pessoas estão mais apaixonadas por objetos de decoração, o artista acredita que isso aconteça por uma questão de identidade e por traduzir um estilo de vida. Para ele, os produtos da Artempapel representam "Uma transformação singelamente harmoniosa", finaliza.